terça-feira, 31 de agosto de 2010

O dia em que conversei com o governador

História real: Dia 24 de agosto de 2010

Estava eu em mais um dia de trampo na Trend, estava fazendo um tempo muito ruim de entregas, mas tava nem aí, também... nunca fiz um bom tempo nesse circuito. Fiz a entrega na Lance Tour no Lgo Paissandú, fui tranquilo pra Estação São Bento no Anhangabaú, convicto de pegar um lugar no 2° carro do metrô, fui que fui e acabei no 2° carro como queria... olho assim, vejo alvoroço, e noto um nariz conhecido. Reparo o cabelo mas não me lembro de ter visto assim na tv. Olho pra cara, putz... é ele!!! Geraldo Alckmin, agora entendi a puxação de saco dos malucos, mas calma aí... ele tá com assessor? segurança? Não? Ah... então vou cumprimentar o cara.

Agora lembrando que mano minhoca tem dificuldades pra falar com desconhecidos, e belas garotas...

Reinaldo: Oi, Geraldo?
Alckmin: Sim
Reinaldo: Pausa dramática


Praticamente aí se encerra a primeira parte da conversa, com ele apertando a minha mão, e eu olhando pra cara dele sem dizer nada.

Passou a estação Sé um cara começa a falar com o Alckmin sobre Tuma (grande Tuma 14% dos votos... não será mais senador...rs)
Chegando na estação Vergueiro, tomo coragem e pergunto ao Alckmin:

Reinaldo: Alckmin?
Alckmin: Sim
Reinaldo: Você poderia analisar pra mim a PL 2171/03?
Alckmin: Sim, do que ela fala?
Reinaldo: É sobre o abono de faltas para pessoas que guardam o sábado
Alckmin: Certo. Eu analiso pra você.


Sai do metrô chorando, igual o Beiçola se encontrasse o Slash, o Fudrigo se encontrasse a Dany, ou Julius encontrasse dinheiro...rs

Não sei se o Alckmin vai analisar mesmo a PL 2171/03, que me fez repetir de ano na facul já na metade do ano, mas como diz o meu futuro chefe @AmiltonMenezes:
@rcleston legal. Todas as oportunidades precisam ser aproveitadas.


Lição: Não sei se tem... se tiver é... humildade é tudo, mas os verdadeiros candidatos humildes são aqueles que após a eleição ainda anda entre o povo sem segurança para espanca-los

domingo, 29 de agosto de 2010

O dia em que nasci de novo pela 3ª vez

História real: dia 27 de agosto de 2010

Sexta, chego as 08h na empresa, separo as faturas a serem entregues, peço para o Evandro roterizar ao contrário, e ele diz que vai roteirizar do jeito normal, que eu teria que roteirizar ao contrário se quisesse, pra não perder tempo pego a mochila e sigo pra mais um circuito Pinheiros/Paulista - Angélica... às 10h noto que errei o roteiro deixando de entregar o envelope da Tivolitur, tendo que voltar pro prédio deles. Fui entreguei, pego o ônibus até a Av. Rebouças, entrego a Aviotur da Schaumann, Venice da Leitão, Portobello e Monumentto da Pinheiros, vejo que tinha Terra Mundi na Av. Rebouças, volto para a Rebouças, usando a Rua Teçaindá, naquela parte da Rebouças não tinha faixa, mas a faixa sentido Centro/Bairro tava vazia... atravesso. Agora noto que a mais de 200m estava a faixa da Schaumann... olho pro relógio da Av. Rebouças, 13:14, tinha um cara de 40 anos q iria atravessar, pensei... é se ele vai atravessar, eu vou também. Ele atravessa... eu também, ele termina de atravessar, eu não... exatamente as 13:15 vejo uma moto que nem estava no meu raio de visão antes de atravessar (tinha um carro q passaria depois de minha travessia). Enquanto passava pela terceira faixa, vejo uma moto, o cara grita "sai!" ou algo parecido eu paro.. e na freiada ele bate o capacete na minha cabeça...

Nesse momento viro noticia no site da CET

Acidente com vítima na Av. Rebouças
Incidentes CET — Ocorrências

* Local: São Paulo, SP
* Dias da semana:
* Horário: 13:16 às 15:15


Acidente com vítima na Av. Rebouças na altura do número 2325 sentido Bairro/centro (CET)


E também na Sulamérica Transito as 13h25

Uma moto atropelou uma pessoa na Avenida Rebouças, sentido centro, região da Rua Capitão Prudente.
(Sulamerica transito)


Fico 10 minutos apagado

Acordo com a CET fechando a área para que eu não fosse atropelado pelos carros, um deles usava um engradado de colocar maçã de feira pra me proteger do sol, pergunto pra ele a que distância tava a faixa, escuto o motoboy gesticulando para a guarda da cet, vejo populares tentando obter informações minhas pra saber se estava tudo bem, pedem que eu me identifique... digo que a carteira de trabalho estava na blusa de frio, e tento achar a folha com número do meu setor na Trend, noto que não tinha mais a folha. Eis que chega uma moça dizendo q uma loja está emprestando um guarda chuva mais parecia que queria vender pra CET o guarda chuva...rs o guarda usa e tenta tampar o sol da minha cara... a gente continua conversando, até chegar a ambulancia uns 20 minutos depois (claro eu parei a Rebouças, aí fica dificil mesmo de chegar...rs)
Eis que chega JANDER, não o Jander ex-Lilah, sim o bombeiro, que com ajuda de mais um ou dois me colocam na ambulância e me levam para o Hospital das Clinicas.

Na viatura senti a emoção de parecer que iria cair, como sabia que hospital publico iria demorar mto pra ser atendido de forma digna, perguntei se poderiam me levar para o HSPE que é publico, mas seleto. Disseram que pela proximidade seria o HC mesmo.

Chegando lá uma mulher da 14ªDP falou que era para eu fazer o BO, e se achasse correto, uma queixa crime, colocou uma folha no meu bolso e disse que quando possivel eu fosse lá.

Vou reduzir o texto agora pq é parte mais técnica... fui do 4° pro 3° andar, voltei pro 4° isso já tira umas 5h da minha história no HC, por volta das 20h minha chefe Dona Iara aparece no hospital, como nunca nos falamos era olha pra mim e pergunta se eu sou o Reinaldo, como eu sou o Reinaldo disse que sim, era eu mesmo...rs prosseguindo, tivemos uma conversa normal, e ela me perguntou se eu tinha atravessado na faixa... fiquei sem graça ela entendeu oq queria dizer, só não me deu puxão de orelha pq o rosto tava feio pra caramba...rs disse pra ela que não tinha almoçado ainda então ela pergunta pros médicos se eu podia comer alguma coisa, eles dizem que não pois podia ter convulsão. Ela tenta a minha liberação pra um hospital particular, mas não autorizam, vendo que nada mais podia fazer disse que iria ficar lá até minha mãe chegar.

Por volta das 22h, vi funcionários carregando pizzas, pensei... é 2 pizzas, 1 Coca e 1 Guarana Antártica, dificilmente será um agrado para mim que estou a 8h aqui sem poder comer nada. Estava correto, possivelmente seria para os médicos comerem em cima do estomago de algum paciente na mesa de cirurgia.

as 23h minha mãe chega, diz que a Rosana da Trend estava lá na sala de espera, como ainda sou novo na empresa pergunto se era a Mayara (minha chefe no faturamento), nisso sinto fortes dores no quadril, um dos 500 médicos que passam de tempo em tempo para averiguar se o paciente morreu pra se livrar dele logo passa e diz que vai me mandar para o ortopedia, atravesso a área nefasta do hospital cercada de tubulações, e chego na ortopedia, tinha uma mulher que graças ao péssimo atendimento do hospital, teve que dormir lá pq perdeu o ultimo 647C - Clinicas / Term. João Dias que sai normalmente as 23h10, chego no setor, escuto uma mulher gritar: "socorro, dr ailson" pensei... putz... se eu tivesse no HSPE não teria que aguentar essas loucuras... caio no sono... as 2h acordo com a mesma mulher gritando... socorro... socorro.. o médico passa uns exercicios pra ela... ela volta a gritar... dizendo q estava tendo espasmos musculares... nisso minha mãe cheia de raiva foi ver que horas eu seria atendido... o ortopedista faz pouco caso, diz que eu podia ir embora, que tinha coisas mais importantes para fazer. Minha mãe vai comigo até o Pronto Socorro do hospital aonde estava meus documentos, e a segurança tenta de todas as formas me barrar, minha mãe diz que só para se a policia mandar, pq a segurança não vale de merda nenhuma, chegando no pronto socorro, ela pede para os médicos tirarem o acesso que estava no meu braço (acesso: medicamento que é enviado na veia por um tubo) se negaram, vi que não iriam tirar... e eu mesmo tiro, pego os documentos, o fiscal de setor pergunta se eu tinha acesso ainda (se tivesse não poderia sair)... disse que tirei sozinho... quando passamos por ele veio um segurança que disse "quer fazer showzinho, então não usa esse hospital" detalhe, eu pedi q me levassem HSPE (hospital servidor público estadual, aonde em 5h fiz tudo oq em 13h não consegui fazer no hc)

Hoje fazem 2 dias do acidente, para dados estatisticos levanto as questões
Se eu morresse, teria 18 anos e 6 meses certinho
Minha mãe perderia o filho sem ter visto ele no seu aniversário no dia 26/08
Perdi 19h da minha vida fazendo exames por conta do acidente


Lições:
1ª Atravesse sempre na faixa
2ª Nunca dependa do serviço público... "They Don't Care About Us"
3ª Ao usar o hospital particular, lembre que voce tem direito ao DPVAT
4ª Ao fazer um BO fique atento, o outro lado irá te ligar ameaçando sempre!

O dia em que sai na porrada

História real: Abril de 2010

Estava eu, as 18h15 na região da Sé, sem ter muito dinheiro pra passagens tinha dado calote nos 2 últimos ônibus, resolvi então ir da Praça da Sé até a São Judas a pé... era fim de tarde, o povo todo na rua, possivelmente não teria como ser assaltado. Lembro que estava com medo de uns negos enquanto descia a Av. Rangel Pestana mas não passou disso. Quando cheguei no Viaduto Antônio Nakashima, notei que os primeiros postes tinham sido alvo de mijadas recentes, parei de respirar e segui em frente (pra quem não sabe... nesse viaduto... se vc respira lá, a tendência é ficar com um hálito terrivel).
Passei uns 5 postes, vi que não tinha mais ninguém a minha frente indo no mesmo sentido, e 2 vindo na minha direção... com pose de marginalzinho de merda, passaram por mim fingindo q iriam mijar no poste depois com jeito de que se estivesse armado um colocou a mão na cabeça: "Putz, esqueci as paradas do outro lado da ponte"... pensei... é esqueceu nada... acho que tô na merda. O cara voltou e disse: "Pode parar nego"..."Eu só quero tudo o que vc tem de valor" (nesse momento eu travei... mas refletindo depois em casa pensei... é... poderia ter fingido que ia bancar o kid bengala... dúvido que não iriam correr...rsrsrs) voltando a história, notei que estava com um celular em cada bolso... logo seria alvo fácil dos meliantes... um veio colocar a mão no meu bolso... nisso dei um soco na cara dele... (existe uma coisa que explica minha reação na psicologia... é do tipo ou vc corre ou vc bate) o cara caiu... e o outro veio e me deu um soco... o que apanhou correu... e o que bateu subiu no gradil que divide a calçada da pista... vendo que poderia me lascar se ficasse pra bater nos malucos (claro, sou afronegão... afronegão e pancadaria sempre dá merda)... resolvi tomar a atitude mais coerente... corri feito um retardado gritando "socorro, policia, socorro"... como a policia sempre se mostra eficiente, sequer sairam da base deles pra ver do que se tratava. Fui para o Term. Pq Dom Pedro II, e peguei um 3141/10 - Term. São Mateus disposto a não gastar com passagem visto que tinha acabado de passar por uma tentativa de assalto. Sabendo que o cara não iria deixar eu passar por baixo da catraca, esperei chegar no ponto mais perto da facul pra pedir... ele não deixou... pensei q se eu descesse no ponto da facul podia dar problema com a GCM então esperei mais um ponto. Por sorte uma mulher deu sinal. Eu pensei vou como quem não quer nada pro lado do motorista, o ônibus para, a porta começa a abrir e eu pulo pra fora... e mando um abraço pro cobrador.

Lição a ser tirada:
1ª Nunca banque o malandro com alguém que mora no Capão Redondo, sabemos diferenciar um assaltante de um trombadinha

2ª Seja mais loko que o sistema... se vc não pode pagar a passagem, sempre tem uma forma de andar gratuitamente, só seja esperto de descer aonde quer.

3ª A menos que você seja rico, não espere nada da polícia... pode parecer injusto com os policiais corretos, mas cada dia aparenta ser mais verdade.

Estreia do Blog

História real: Dia 22 de Agosto de 2010 - 13h50

Tenho uma história aqui ainda inédita que irei compartilhar com vocês... semana passada estava atrasado pro curso de Hardware, fui a pé até o ponto na altura do Supermercado Lopes, nisso quando chego próximo ao Superbom, um carro para no sinal e 2 garotas ficam me chamando. Eu como estava atrasado não dei muita importância, até que ouvi um "ai... vc é muito bonitinho"... pensei... putz... estão tirando uma com a minha cara. Olhei pro carro... notei q tinha um cara dirigindo, a mina que tava de carona tava com a camisa dos bambis. Deviam estar indo pro estádio. A mina pede meu telefone, mas um caminhão entra na faixa que estava vazia entre nós. Vi que aquilo ali devia ser palhaçada das garotas, e resolvi seguir meu rumo. Volto a correr para o ponto, e eis que no sinal seguinte, o carro delas está parado de novo... pensei... merda... de novo vão ficar com graça... simplesmente acenei e voltei a correr. Nunca mais vi as garotas (se bem q não tinha nenhuma q me agradasse ali)

Lição de moral: Não brinque com alguém que está na rua, ela pode secar você. Eu poderia ter secado, mas o Corinthians jogou e fez 3x0...rsrsrs

Essa história foi em homenagem a mano Beiçola... corinthiano nato