quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Minha 4ª vez na DP

História real: dia 30 de agosto de 2010

Como todo afronegão, fui para mais uma passagem na DP, dessa vez, o 14°DP de Pinheiros. Já passei na 47 do Capão Redondo, 1 da Sé, 3 da Anhangabaú todas como vítima de 171 (estelionato)

Fui iludido pela policial, dizendo que eu poderia processar o motoboy no artigo 133, lesão corporal culposa, mas chegando na DP, fui atendido por uma policial que não gostava de motoboy. Até aí pensei... é acho que vai ser tranquilo. Sentei nos bancos de espera. Chega um funcionário que pede que eu vá para a sala do delegado, eu vou, vejo aquela figura carrancuda que começa a me encher de perguntas.

Delegado: Como foi a ligação?
Reinaldo: Eu atendi, o cara perguntou se eu estava bem, e logo começou a me cobrar o valor do conserto da moto, me induziu ao erro de pegar o seguro do DPVAT, do qual eu não tenho direito, e o tom foi ficando cada vez pior até eu passar pra minha mãe (sim, passei pra minha mãe, não faço o tipo negociador)
Delegado: Então você não ouviu a ameaça?
Reinaldo: Não, eu passei pra minha mãe
Delegado: Você já tem 18 anos, tá na hora de assumir suas responsabilidades
Pensei: Você fala isso porque não foi o senhor que foi atropelado, e ligaram pra sua casa cobrando algo que nem sabia que podia ser cobrado... seu ***...


O funcionário chama a minha mãe, já comecei a pensar que a ameaça não deve ter sido tão ameaçadora, e essa porcaria ainda iria dar merda


Delegado: Então, como foi a ligação?
Mãe: Meu filho atendeu o telefone, achava que era da empresa dele, mas aí ele passou pra mim, ele começou a cobrar o dinheiro do DPVAT, disse que meu filho tinha que pagar R$400 da moto, num tom muito estranho.
Delegado: Mas então não teve ameaça?
Mãe: Não, mas ele ficou perguntando o meu nome, disse a ele que se sabe meu nome sabe meu endereço.
Delegado: Sim, ele sabe seu telefone e endereço pq pegou no boletim de ocorrência
Pensei: Muito bonito, vocês vão lá, passam o telefone, o endereço, quem me garante que o infeliz não irá lá em casa me matar?


Sabendo que teria que reaver o valor do conserto da moto, o funcionário falou que seria melhor fazer de forma extrajudicial para que não sofra um processo agora no primeiro emprego. Mas convenhamos, num mundo cheio de preto safado, você paga extrajudicialmente, e depois o fd* te faz pagar tbm em juizo.

Com esse dia foi retirada uma lição:

Sempre atravesse na faixa, assim você evitará enriquecer qualquer preto safado, e nunca acredite no que uma PM te diz... mais ainda se vc for negro.

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